Há um quintal em minha infância
e desde ali eu via o horizonte,
no curral, galinhas ciscavam excrementos,
e uma estepe enorme
abria sulcos no desejo ainda reprimido.
————————————————————
Aprendi a rezar olhando a noite e seu mistério,
na retina dos meus olhos,
uma saudade povoada a alma,
e eu crescia por dentro
como amadurecia o mel nos figos que já
saboreava.
————————————————————-
Tinha um pai que me abraçava com seus olhos
e uma mãe que lavrava com seu canto meu
destino.
————————————————————-
Era feliz e não tinha riqueza,
tinha sonhos.
Paulo Gabriel
Você precisa fazer login para comentar.