Agora, depois de algumas décadas vividas, eu dou mais valor ao tempo.
Não era assim. Nos meus vinte anos, o tempo era apenas um detalhe.
A distância do fim fazia o meu espaço flutuar no tempo…
Era como se o tic tac do relógio alongasse as horas influenciando diretamente as possibilidades das metas e realizações.
É assim mesmo: para os jovens o tempo passa mais devagar. O estável é relativo e pode esperar mais um pouco – o futuro é visto com parcimônia.
Fico aqui a pensar: será que o tempo do prazer não se conecta com o tempo da estabilidade? Ou: a estabilidade é fruto do prazer?
É que o prazer não tem medida e o incomensurável está mais presente nas mentes fertilizadas dos que não enxergam o fim.
Agora, depois de algumas décadas, percebo que viver é saber administrar o tempo…
Que o prazer é efêmero demais para ser padronizado…
E que o finito está bem ali.
Ninguém consegue parar o tempo!
Será que o tempo se circunscreve ao fim do Planeta Terra?
Expectativa!
Mimila K Rocha
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